quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Anel

Recebi esse texto por email de uma amiga, e acho que serve de estímulo para as pessoas se darem mais valor em si próprias, em seus princípios, e deixarem ser valorizadas por um "expert". Espero que gostem!! Beijos.


Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que sou lerdo e muito idiota. O que posso fazer para que me valorizem?

O professor sem olha-lo disse:
- Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar, devo primeiro resolver o meu problema. Depois de uma pausa, sugeriu:
Se você me ajudasse, eu poderia resolver logo este problema, e depois talvez possa lhe ajudar.
- Cla-claro, professor - gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.

Este tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse: - Monte no cavalo e vá até ao mercado. Venda este anel, pois tenho de pagar uma dívida. É preciso que obtenha por ele o máximo possível, mas não aceite menos de uma moeda de ouro.
Vá e volte o mais rápido possível. O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, ofereceu o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o preço do anel. Ao mencionar uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para o jovem, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, ofereceram uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o rapaz seguiu as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro.

Depois de oferecer a jóia a todos os que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. Desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel e livrar assim o professor da preocupação, podendo receber ajuda e conselhos.
Entrou na casa e disse-lhe:
- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse vender por 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar alguém sobre o valor do anel.

- Importante o que disse, meu jovem - contestou sorridente. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para informar o valor exato do anel? Diga que quer vender e pergunte quanto ele pode dar. Mas não importa o quanto ele lhe ofereça, não o venda... volte aqui com o meu anel.
O jovem deu o anel ao joalheiro. Este examinou-o com uma lupa, pesou e disse: - diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
- 58 moedas de ouro!!! - exclamou o jovem.
- Sim - replicou o joalheiro.

- E sei que, com tempo, poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas, se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o ocorrido.
- Senta - disse o professor, que depois de ouvir tudo o que o jovem tinha para contar explicou:
- Você é como este anel, uma jóia valiosa e única. E só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir seu verdadeiro valor? Dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.

"Ninguém pode lhe fazer sentir inferior sem o seu consentimento".


Renata.

Um comentário:

  1. Achei maravilhoso o texto e, melhor ainda, o seu comentário. É isso mesmo garota: "ninguém pode nos fazer inferiores sem o nosso consentimento". Alerta moçada: todos nós nascemos,vivemos, morremos, vamos pra debaixo da terra e FEDEMOS.

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